Marketing Digital

Marketing 4.0 – O Que é e Como Aplicá-lo em Seu Negócio

Por Luana Zanolini

Entenda o que é o Marketing 4.0, as diferenças entre as outras fases e como aplicá-lo nas estratégias de vendas da sua empresa.

Luana Zanolini

Marketing 4.0 é o termo criado para falar de pontos específicos do atual cenário do marketing digital. Em uma das publicações de Philip Kotler — um dos maiores especialistas da área —, o autor descreve essa fase como uma era em que os consumidores estão procurando por conteúdo de qualidade na internet antes de buscar serviços e produtos, criando uma uma relação cliente-empresa cada vez mais pessoal.

Neste artigo, vamos entender melhor sobre o novo conceito e como você pode aplicá-lo em seu negócio. Confira a seguir:

  • o que é o Marketing 4.0;
  • como surgiu o Marketing 4.0;
  • como o Marketing 4.0 se difere de cada um dos outros tipos de marketing?
  • quem é o consumidor 4.0;
  • qual é o foco do marketing 4.0;
  • como aplicar o marketing 4.0 na prática.

O que é o Marketing 4.0?

O marketing 4.0 é uma forma de atrair e reter consumidores por meio de conteúdos de qualidade na internet. Todas as ações devem ter uma abordagem mais humana para tocar diretamente na dor dos clientes. Assim, as pessoas podem se sentir mais próximas das marcas e, também, com seus desejos verdadeiramente valorizados.

Como surgiu o conceito de Marketing 4.0?

De acordo com uma pesquisa da TIC Domicílios, de 2020, o uso da internet no Brasil chegou a 81% da população. Isso significa que já somos mais de 152 milhões de usuários na web.

Com o crescimento desse meio e de suas possibilidades de interação, o marketing precisou se adequar ao novo modo de consumo e vem se aprimorando cada dia mais.

Segundo Philip Kotler, nos dias atuais, estamos vivendo uma nova fase do marketing. Ele define que as marcas precisam estar preparadas para esse relacionamento mais próximo com os consumidores, em que eles buscam não só produtos, mas também conhecimento, conteúdo e troca de aprendizado.

Além disso, a conexão entre os canais de marketing e a integração é fundamental. O que significa também que não devemos deixar o marketing tradicional de lado. Na verdade, ambos se complementam para tornar as estratégias cada vez mais assertivas e enriquecedoras.

Dessa forma, pode-se dizer que o conceito do marketing 4.0 é ainda mais humano e mais próximo dos consumidores do que o marketing tradicional. É preciso levar em consideração esse sentimento, como também as transformações sociais e digitais, tendências e, principalmente, a busca por conteúdo de qualidade.

Como o Marketing 4.0 se difere de cada um dos outros tipos de marketing?

Vamos entender o que aconteceu nessa evolução do Marketing 1.0 ao 4.0:

Marketing 1.0

No marketing 1.0, o foco era nos produtos. As propagandas e divulgações eram feitas de acordo com as características técnicas e operacionais dos itens que precisavam ser vendidos.

Essa primeira fase é influenciada pela primeira revolução industrial, voltada para a padronização e o consumo em massa. O consumidor era visto apenas como um comprador do produto. Ou seja, a divulgação era direta e objetiva, sem priorizar o cliente.

Veja um exemplo no vídeo a seguir:

Marketing 2.0

Com a chegada da concorrência, surgiu o Marketing 2.0, que tornou as empresas mais competitivas e começou a forçar um pouco a criatividade.

Nesse momento, o foco ainda não era completamente no consumidor. Existia um estudo de público, mas, agora, além de se preocupar com o produto, a marca também começou a protagonizar.

Era o tempo de pensar na identidade da empresa, no que poderia diferenciá-la de seus concorrentes. Isso aconteceu porque, com mais opções no mercado, os consumidores tornaram-se mais exigentes.

Veja um exemplo abaixo:

Marketing 3.0

Com o Marketing 3.0, o público ganhou um espaço de destaque. Chegou a era da personalização e segmentação, em que as empresas compreendiam nichos e também particularidades de cada um.

As pessoas começaram a ser compreendidas em sua amplitude, afinal, elas não são apenas grupos, cada um tem seus gostos e se difere dos demais. Foi com o Marketing 3.0 que as marcas começaram a assumir valores humanos.

Aqui está mais um exemplo para melhor compreensão:

Marketing 4.0

A internet e o ambiente virtual já estavam presentes no Marketing 3.0, mas a revolução digital implicou em um cenário ainda mais hiperconectado para o Marketing 4.0.

Nesta etapa, o principal é o uso de dados, dispositivos e na integração entre o digital e o social. As campanhas são mais centralizadas no conteúdo e na relação entre informação e relacionamentos.

Os pilares dessa fase são:

  • o produto;
  • o valor;
  • a necessidade social;
  • e o meio digital.

Os canais utilizados agora são mais híbridos, conectando cada vez mais as marcas e consumidores. O digital veio para agregar às estratégias das etapas anteriores e potencializar com o recurso social e digital.

Veja um exemplo:

Quem é o consumidor 4.0?

Como um dos pilares do marketing 4.0 é o atendimento próximo e humano, é fundamental entender exatamente quem é o consumidor da geração atual. Por esse motivo, o desenvolvimento da persona ideal é imprescindível para as empresas.

Vale dizer que, com o avanço da internet e das tecnologias, as informações hoje podem estar em diversos canais. E é justamente isso que o consumidor 4.0, um ser moderno e altamente conectado, espera. Por isso, as marcas precisam estar presentes em sites, redes sociais, canais de vídeo, entre outros meios que vão surgindo.
Quem é o consumidor 4.0?
Tudo isso faz com que o acesso à informação se torne mais intenso e, também, rápido. Não dá para esquecer que, no mundo atual, grande parte das pessoas não têm mais tempo para esperar muito por um dado. Os esclarecimentos e relacionamento oferecidos pela sua empresa precisam ser ágeis.

Qual o foco do marketing 4.0?

O autor do livro que deu origem ao termo marketing 4.0 afirma três pontos como principais para a ação dessa estratégia. Para ele, os efeitos são os seguintes:

  • buscas na internet por meio do Google;
  • redes sociais;
  • serviços.

Com relação ao Google, é importante estar atento em como os buscadores estão cada vez mais exigentes e sofisticados e como ter um site adequado a isso é vantajoso. Utilizar as práticas de SEO para criar conteúdos e melhorar as páginas do site ajuda a tornar o tráfego orgânico ainda mais assertivo.

A criação de conteúdo também é fator importantíssimo, uma vez que os consumidores buscam por empresas que possam oferecer a eles algo útil, que responda suas dores e as solucione.

Já quando falamos sobre o efeito das redes sociais, os olhares se voltam para as chances de aumentar o alcance e a visibilidade da marca com investimentos menores. Além disso, a proximidade com os consumidores também é mais acentuada.

Sobre o terceiro efeito, denominado de serviços, Kotler refere-se às possibilidades que a internet oferece de expandir esse campo. Podemos usar como exemplo empresas como:

  • Netflix;
  • Uber;
  • Nubank;
  • iFood;
  • Spotify.

Aplicativos e empresas on-line surgem com a proposta de facilitar a vida dos consumidores — o que é, também, um ponto forte no marketing 4.0 —, além de diminuir custos e ter um contato próximo, faz com que os clientes se sintam valorizados.

Este vídeo do Spotify é apenas um dos diversos exemplos:

Como aplicar o marketing 4.0 na prática?

Agora que você já entendeu sobre o conceito do marketing 4.0, chegou a hora de filtrar os conhecimentos e identificar melhorias para sua empresa, começando a aplicar algumas estratégias. Dentre elas, podemos citar:

  • criação de perfis nas redes sociais;
  • ter um blog de sucesso;
  • produção de conteúdo com qualidade;
  • implementação de técnicas de SEO;
  • investir em estratégias de Inbound Marketing;
  • oferecer materiais ricos para os clientes em troca de dados (seguindo as diretrizes da LGPD para marketing digital);
  • ter um site responsivo, que se adeque ao mobile;
  • atualizar todas as informações — como telefone, endereço, horário de funcionamento, etc — de todos os canais que sua empresa tem na internet;
  • ter uma frequência de postagem nas redes sociais;
  • saber quem é seu público-alvo e como conversar com ele;
  • interagir nas redes, responder comentários, pedir sugestões dos consumidores;
  • pensar em formas de aproximar o consumidor e melhorar suas experiências, com, por exemplo, aplicativos de jogos que ofereçam brindes para quem pontuar mais;
  • pensar em maneiras de otimizar a vida dos consumidores, economizando tempo e oferecendo soluções — como acontece com o boom dos bancos digitais, por exemplo;
  • humanizar sua marca (como, por exemplo, a Magazine Luiza, com a personagem “Lu” e a “Nat” da Natura), assim como o atendimento, e fazer com que o cliente sinta-se ainda mais próximo e identificado com a empresa.

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