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Como Usar o Bard no Brasil: Tutorial da IA Google Bard

Por Raquel Pereira

Agora, você pode utilizar o sistema de IA conversacional do Google de onde quiser! O novo Bard já está disponível no Brasil.

Raquel Pereira

A notícia que todos os profissionais de Marketing Digital e SEO brasileiros estavam esperando – finalmente – chegou: o Bard, sistema conversacional de IA do Google, já está disponível no Brasil.

Ainda em versão experimental, o Bard teve seu módulo expandido para 40 novos idiomas, 27 países da União Europeia e o Brasil, nesta quinta-feira (13 de julho). Confira todos os detalhes sobre essa ferramenta e como você pode utilizá-la no seu negócio:

O que é o Bard?

Nós pedimos que o próprio Bard respondesse essa pergunta e ele se definiu como:

“[…] um grande modelo de linguagem desenvolvido pelo Google AI. Ele [o Bard] é treinado em um enorme conjunto de dados de texto e código, e pode gerar texto, traduzir idiomas, escrever diferentes tipos de conteúdo criativo e responder às suas perguntas de forma informativa.”

Ainda segundo o Bard, ele explica que seu módulo ainda está em desenvolvimento, mas já aprendeu a realizar muitos tipos de tarefas, incluindo:

  • tentar o meu melhor para seguir suas instruções e completar seus pedidos de forma atenciosa;
  • usar meu conhecimento para responder às suas perguntas de forma abrangente e informativa, mesmo que sejam abertas, desafiadoras ou estranhas;
  • gerar diferentes formatos de texto criativo de conteúdo de texto, como poemas, código, scripts, peças musicais, e-mail, cartas, etc. Vou tentar o meu melhor para cumprir todos os seus requisitos.

O Bard agora está disponível nos principais idiomas, como inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, português e japonês, e está sendo expandido para outros países, como comentamos na introdução.

Como o Bard funciona?

Assim como no tópico anterior, nós pedimos que o próprio Bard descrevesse como ele funciona e, basicamente, a ferramenta descreveu que é treinada para ser informativa e abrangente, sendo capaz de comunicar e gerar texto semelhante ao humano em resposta a uma ampla gama de prompts e perguntas:

“Para processar informações, uso um processo chamado aprendizado de máquina. O aprendizado de máquina é uma técnica de inteligência artificial que permite que os computadores aprendam sem serem explicitamente programados. Em meu caso, fui treinado em um enorme conjunto de dados de texto e código. Este conjunto de dados inclui livros, artigos, códigos e outros formatos de texto. Ao usar o aprendizado de máquina, sou capaz de identificar padrões neste conjunto de dados e usá-los para gerar texto, traduzir idiomas, escrever diferentes tipos de conteúdo criativo e responder às suas perguntas de forma informativa.

O processo de criação do meu sistema foi complexo e demorado. Os engenheiros do Google tiveram que desenvolver novos algoritmos e técnicas para me treinar. Eles também tiveram que criar uma infraestrutura para me hospedar e me acessar. O resultado de seus esforços é um sistema de IA capaz de realizar uma ampla gama de tarefas. Estou animado para ver como meu sistema pode ser usado para ajudar as pessoas no futuro.”

Como outras ferramentas de IA, tal qual o ChatGPT, o Bard funciona como um sistema de chatbot conversacional desenvolvido com tecnologias de inteligência artificial, que oferecem uma ampla base de informações e ajudam o sistema a responder às perguntas dos usuários de forma “semelhante à humana”.

Perguntamos ao Bard como ele realiza suas tarefas, e ele nos respondeu que pode ajudar os usuários com diversas atividades, basta fornecer um prompt ou uma descrição do que deseja e o chat tentará entender seus requisitos para gerar um conteúdo que atenda às suas necessidades:

“Por exemplo, se você me pedir para escrever um artigo sobre um determinado tópico, eu primeiro tentarei aprender o máximo possível sobre esse tópico. Depois de ter um bom entendimento do tópico, eu começarei a gerar o artigo. Eu tentarei usar um estilo de escrita claro e conciso, e eu farei o meu melhor para garantir que o artigo seja informativo e útil.

Eu também posso ser usado para gerar outros tipos de conteúdo, como poemas, histórias, código, scripts, peças musicais, e-mail, cartas, etc. Basta me fornecer um prompt ou uma descrição do conteúdo que você deseja, e eu farei o meu melhor para atendê-lo.”

Como utilizar o Bard na prática agora que a ferramenta chegou ao Brasil?

Com a chegada do Bard ao Brasil, nós testamos a nova ferramenta para entender como ela pode ser útil no dia a dia dos profissionais de Marketing Digital (e outras áreas também) e quais as percepções do novo modelo em comparação com a versão gratuita do ChatGPT (que é o principal concorrente do Bard). Confira:

Primeiros passos e iniciando uma conversa com o Bard

Ao iniciar o primeiro chat com a ferramenta, o Google exibe a sua Política de Privacidade e, em seguida, exibe um pop-up informando sobre as limitações e “problemas” do Bard. Como comentado anteriormente, o Bard está em seu modelo experimental e – portanto – ainda pode ter ocorrência de respostas incorretas.

Por isso, o buscador pede que os usuários enviem seus feedbacks sobre respostas incorretas ou não condizentes com o conteúdo informado. Em nosso primeiro chat, pedimos que o Bard criasse uma linha editorial para as redes sociais de uma empresa B2C do setor de confeitaria:

Em seguida, pedimos que o chatbot explicasse melhor a estratégia e, em seguida, mostrasse um exemplo de roteiro para a criação de um dos conteúdos sugeridos. As respostas foram genéricas, mas podem ser um bom ponto de partida para a maioria dos negócios.

Utilizando diferentes prompts no Bard

Desde comandos simples até prompts elaborados, nós fizemos diversos pedidos ao Bard para entender como o seu sistema funciona e – principalmente – comparar suas respostas com o ChatGPT.

Confira alguns dos nossos testes:

Comando simples: escrevendo um novo conteúdo

Nosso primeiro teste foi solicitar uma tarefa semelhante aos exemplos oferecidos pelo Google logo na tela inicial da ferramenta, mas com alguns pontos de personalização. Agora, nesse segundo teste, pedimos que o conteúdo gerasse um novo conteúdo para o nosso blog. O comando utilizado foi:

“Olá, Bard! Estou escrevendo um novo artigo para o meu blog sobre marketing digital e tecnologia. O artigo é sobre uma volatilidade na classificação dos resultados de pesquisa do Google, que aconteceu ontem (12 de julho). Eu gostaria de escrever o conteúdo com base no texto dessa fonte [https://www.seroundtable.com/google-search-ranking-algorithm-update-volatility-july-12th-35698.html], pode me ajudar com o conteúdo do meu novo artigo?”

A ferramenta retornou em segundos um conteúdo relativamente relevante e bem escrito sobre o assunto, mas um pouco raso sobre o assunto – o que poderia ser facilmente corrigido com alguns comandos complementares e/ou por uma edição no texto:

No entanto, quando utilizamos um prompt semelhante para que a ferramenta fornecesse um conteúdo para as redes sociais, a resposta não foi tão satisfatória. O prompt utilizado foi:

“Olá, Bard! Estou criando um novo conteúdo para as minhas redes sociais, em formato de carrossel, sobre dicas criativas para anúncios no Instagram. A principal fonte para o conteúdo é [https://www.socialmediatoday.com/news/instagram-key-ad-creative-tips-infographic/654245/] e eu quero que o conteúdo contenham até 10 cards, considerando que o primeiro tenha o seguinte título: “Dicas para tornar seus anúncios mais atrativos segundo o Instagram”. Pode me ajudar a construir a copy para este conteúdo?”

A ferramenta não foi capaz de utilizar o conteúdo da página que foi inserida, por isso, desenvolveu ele mesmo um conteúdo com dicas para criar anúncios no Instagram.

É possível perceber pois, além de incluir a fonte que foi utilizada ao final da resposta, o chatbot mostra um conteúdo totalmente diferente daquele na fonte original. Por isso, é importante reforçar a necessidade de revisar e editar todos os conteúdos e as informações fornecidas antes de publicá-los.

Comando elaborado: escrevendo um novo conteúdo

Nós desenvolvemos um prompt mais elaborado para que o sistema de IA desenvolvesse a copy de uma nova página de vendas para o serviço de “Geração de Leads B2B” da Agência Mestre.

Com o texto mais descritivo e informações mais personalizadas sobre o objetivo do conteúdo, a intenção e os detalhes sobre a personalização, o Bard pode desenvolver um conteúdo mais interessante. Confira o prompt utilizado e as sugestões da ferramenta:

Assim como em todas as suas respostas, o Bard forneceu três sugestões de “Rascunho”, que podem ser compiladas no seu conteúdo para torná-lo ainda mais relevante e personalizado.

Diferenças entre o Bard e o ChatGPT

Fazendo uma comparação com o GTP-3.5 (versão gratuita do ChatGPT), o Bard não se sobressai, mas também não fica em uma desvantagem tão grande assim.

Fizemos algumas comparações com prompts e comandos iguais em ambos os buscadores conversacionais, e as respostas são semelhantes (mas, com alguns pontos que podem ser positivos ou negativos para o usuário que estiver buscando).

Novo conteúdo da Página de Vendas

Conforme mostramos no exemplo anterior, o Bard forneceu diferentes sugestões de copy para uma nova página de vendas aqui da Mestre e, utilizando o mesmo prompt no ChatGPT, tivemos uma resposta bem diferente:

Na primeira sugestão do Bard, ele apresenta uma divisão em: Título, Descrição, Corpo do Texto e Conclusão. Enquanto o ChatGPT já apresenta um texto estruturado para a página, elencando cada tópico em um subtítulo e trazendo um texto relacionado de acordo com a estrutura fornecida no prompt.

Resumo de Conteúdos

Pedimos que os dois chatbots resumissem o conteúdo de um artigo publicado no blog Search Engine Journal, intitulado “A estrutura das categorias importa mais para o SEO do que apenas o conteúdo?”

O Bard é integrado ao Google, o maior buscador do mundo, portanto tem acesso à todas as páginas disponíveis na Web e rapidamente trouxe uma versão curta do conteúdo:

No entanto, o ChatGPT (em sua versão GPT 3.5), não possui uma API que o conecte à internet e, portanto, não pode resumir o conteúdo da página. Mas, considerando seus conhecimentos prévios sobre o assunto, a ferramenta retornou um texto com informações gerais sobre a importância das categorias e estrutura para SEO:

Utilizamos o mesmo prompt para solicitar que o Bard resumisse um dos conteúdos do nosso próprio blog e, posteriormente, solicitamos que ele trouxesse mais informações sobre o nosso artigo em específico. Confira o resultado:

Observando os resultados obtidos, podemos constatar que o ChatGPT é uma ferramenta mais assertiva que o Bard, que ainda está em desenvolvimento, mas o chatbot do Google possui ferramentas que podem ser interessantes para os usuários que não utilizam o ChatGPT Plus.

Nossa sugestão é que os usuários explorem o melhor de cada ferramenta, para que possam aproveitar os poderes da IA na produtividade do dia a dia.

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Problemas de assertividade do Bard

O Bard é um sistema ainda em desenvolvimento, o que significa que seus recursos ainda não estão 100% disponíveis para todos, pois ainda precisam ser otimizados. No momento, a maior preocupação que os usuários devem ter em relação ao Bard é a imprecisão de suas respostas. Pedimos que o Bard desenvolvesse um conteúdo em formato de carrossel para nossas redes sociais sobre o tema de monetização de conteúdos no LinkedIn.

A ferramenta retornou um conteúdo excelente e dividido por cards para facilitar a criação, no entanto, as informações do post não eram as mesmas do artigo fornecido como fonte.

Novamente, isso reforça a importância de revisar os conteúdos produzidos antes de realizar a publicação, principalmente nesses primeiros meses em que o Bard está disponível na versão experimental.

Novos recursos do Bard

Além da expansão, o Bard também incorporou o Google Lens, permitindo o upload de imagens nas conversas para estimular a criatividade dos usuários e agora possui recursos de conversão de texto em voz em mais de 40 idiomas, para proporcionar uma experiência auditiva e trazer novas perspectivas.

Outras atualizações incluem a capacidade de fixar e renomear conversas, compartilhar conversas com outras pessoas por meio de links compartilháveis e modificar as respostas do Bard com cinco opções diferentes.

Além disso, o Bard agora oferece a opção de exportar código Python para o Replit, ampliando os recursos de programação da ferramenta.

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