O Google mudou bastante a forma de avaliar a qualidade do conteúdo. Hoje em dia, mais do que focar em palavras-chave ou aquelas técnicas tradicionais de SEO, o que realmente importa é a credibilidade do que você publica. E é aí que entra o tal do EEAT, que é a sigla para Experience, Expertise, Authoritativeness e Trust, um conjunto de diretrizes que define como o Google identifica conteúdos úteis, confiáveis e feitos por quem realmente entende do assunto.
Esse conceito tem ganhado força entre os profissionais de SEO nos últimos anos, mas muita gente ainda não sabe exatamente como o Google usa o EEAT para separar as páginas que realmente entregam valor daquelas que tentam apenas enganar o algoritmo. E com a chegada em massa da inteligência artificial na produção de conteúdo, o peso dessas diretrizes só aumentou. Nunca foi tão importante demonstrar de forma clara a experiência, a especialização e a autoridade do que você está publicando.
Neste artigo, vou te mostrar o que é o EEAT, como cada um dos seus pilares funciona na prática, o impacto direto que isso tem na sua estratégia de SEO e, o mais importante, como aplicar esse modelo para fortalecer o seu site e criar conteúdos que conquistem tanto o Google quanto o seu público. Segue comigo!
O que é EEAT?
O EEAT é um conjunto de critérios que o Google usa para avaliar a qualidade e a confiabilidade de um conteúdo. Como mencionei na introdução, a sigla representa Experience, Expertise, Authoritativeness e Trust, quatro pilares que ajudam a definir se uma página merece estar entre os melhores resultados de busca. Embora não seja um fator de ranqueamento direto, o EEAT tem uma influência decisiva sobre como o Google entende o valor de uma informação e quão segura ela é para o usuário.
Inicialmente, o termo era apenas E-A-T, mas o Google decidiu adicionar o primeiro “E”, de Experience, para destacar a importância da vivência prática do autor. Isso quer dizer que, além de conhecimento técnico, o Google também valoriza quem realmente tem experiência no que está escrevendo. Um conteúdo sobre investimentos, por exemplo, feito por alguém que realmente investe, tende a ser visto como mais autêntico e útil do que um texto puramente teórico.
EEAT e as diretrizes avaliadoras de qualidade do Google
O conceito de EEAT vem das Search Quality Rater Guidelines, um documento interno usado pelo Google para orientar avaliadores humanos sobre o que caracteriza um conteúdo de alta qualidade. Embora os avaliadores não impactem diretamente o ranqueamento, o feedback deles ajuda a aprimorar os algoritmos. Ou seja, entender o EEAT é entender como o Google define o que é um conteúdo realmente útil.
A evolução do algoritmo, somada à necessidade de combater informações imprecisas e conteúdo superficial, fez do EEAT uma das bases do SEO moderno. Sites que demonstram experiência, especialização, autoridade e confiança tendem a ter um desempenho melhor, principalmente em temas sensíveis como saúde, finanças, direito e tudo o que é classificado como YMYL (sigla em inglês para “Your Money or Your Life”, ou “seu dinheiro ou sua vida”). Isso porque, nessas áreas, a qualidade e a confiança das informações são essenciais para proteger os usuários de riscos reais.
Conheça mais a fundo os quatro pilares do EEAT
O EEAT é composto por quatro pilares que ajudam o Google a distinguir conteúdos realmente úteis e confiáveis daqueles textos superficiais ou escritos sem o devido domínio do assunto. Cada um desses elementos tem um papel fundamental na avaliação da qualidade percebida de uma página:
Experience (Experiência)
A experiência está diretamente relacionada ao envolvimento do autor com o tema que ele está abordando. Em outras palavras: ele realmente viveu o que está ensinando? Já colocou em prática o que compartilha? Fez testes, conduziu experimentos, realizou análises ou, simplesmente, passou pela situação sobre a qual está escrevendo?
O Google valoriza esse tipo de experiência porque ela traz uma autenticidade e profundidade que conteúdos apenas teóricos ou superficiais não conseguem oferecer. Veja o que é muito positivo para esse pilar:
- relatos reais e vivências pessoais;
- screenshots, estudos práticos, workflows próprios;
- casos reais e resultados obtidos;
- aprendizados e erros de percurso.
Conteúdos com esses elementos costumam ser mais confiáveis porque carregam nuances impossíveis de reproduzir apenas com pesquisa.
Expertise (Especialização)
A especialização está diretamente relacionada ao domínio técnico do assunto. Não basta apenas ter vivido a experiência, o Google também analisa se o autor possui conhecimento profundo sobre o que está ensinando.
Alguns sinais de expertise incluem:
- formação acadêmica ou técnica relevante;
- certificações;
- experiência profissional comprovada;
- produção contínua de conteúdo especializado;
- uso correto de termos e conceitos.
A expertise é especialmente importante em temas YMYL, como saúde, finanças e direito, onde informações erradas podem prejudicar o usuário.
Authoritativeness (Autoridade)
A autoridade diz respeito a como o mercado enxerga aquele autor ou site. Esse é um pilar externo e reflete o quanto você é reconhecido como referência no seu nicho.
Os indicadores de autoridade incluem:
- menções em outros sites respeitados;
- links de qualidade (backlinks);
- parcerias, citações e entrevistas;
- relevância da marca;
- engajamento orgânico e reconhecimento público.
Um conteúdo pode ser ótimo, mas se a fonte não é percebida como confiável, o Google tende a priorizar concorrentes com maior autoridade.
Trust (Confiança)
A confiança é o pilar central do EEAT. Segundo o próprio Google, é o mais importante dos quatro. Não existe um EEAT forte sem uma base sólida de confiança.
Alguns sinais de confiança são:
- transparência sobre autoria e fontes;
- informações verificáveis;
- site seguro (https);
- política de privacidade, termos de uso;
- atualização frequente do conteúdo;
- revisões editoriais claras;
- contato acessível ou páginas institucionais completas.
Em temas sensíveis, como notícias, saúde ou finanças, a confiança é decisiva para que o Google considere uma página segura ao usuário.
Por que EEAT é importante para SEO e ranqueamento?
O EEAT não é um “fator de ranqueamento” isolado, como a velocidade da página ou as tags de título. Na verdade, ele funciona como um conjunto de critérios que orienta o Google a entender se um conteúdo é confiável, útil e seguro, exatamente o tipo de material que o buscador quer entregar aos usuários.

Quanto mais forte for o EEAT de um site, maior será a tendência de que seus conteúdos sejam considerados relevantes dentro do algoritmo do Google, o que aumenta as chances de ranqueamento nas primeiras posições.
Como o Google avalia conteúdos com EEAT forte vs. fraco
O Google prioriza conteúdos que demonstram credibilidade porque a confiança do usuário é o centro da sua estratégia. Quando dois artigos têm qualidade técnica semelhante, o fator decisivo geralmente é o quanto cada um transmite de autoridade, experiência e confiança. Ou seja, o Google vai favorecer aquele conteúdo que, além de técnico, se mostra mais confiável e relevante para o usuário. Para isso, conta:
- quem é o autor e qual sua experiência;
- se as informações têm base sólida;
- se o site é reconhecido como uma fonte confiável;
- se o conteúdo passa segurança, principalmente em temas críticos.
Conteúdos com EEAT fraco tendem a enfrentar problemas como:
- dificuldade para ranquear novas páginas;
- instabilidade nos resultados após atualizações do algoritmo;
- baixa visibilidade em nichos competitivos;
- quedas bruscas de tráfego em temas sensíveis.
Relação entre EEAT e YMYL
O Google trata com muito mais rigor conteúdos que impactam diretamente a vida do usuário. Nesses casos, o Google dá um peso ainda maior para:
- formação ou experiência real do autor;
- fontes científicas e verificáveis;
- atualizações constantes;
- reputação do site como um todo.
Por isso, sites que trabalham com esses temas e ignoram EEAT dificilmente conseguem ranquear de forma consistente.
Qual o impacto de EEAT no algoritmo do Google?
Embora o Google não atribua pontuações diretas para cada pilar do EEAT, o conceito está profundamente integrado:
- às diretrizes internas de avaliadores de qualidade;
- aos sistemas que combatem spam, desinformação e conteúdo raso;
- à forma como o algoritmo identifica conteúdo útil, um dos grandes focos das atualizações recentes;
- à necessidade de diferenciar conteúdo humano relevante e conteúdo gerado apenas para SEO.
Em resumo: EEAT influencia como todas as outras práticas de SEO se manifestam na performance do seu site. Ele garante que o conteúdo não apenas apareça, mas seja considerado seguro e confiável para ocupar posições de destaque.
Como aplicar o EEAT no seu site e no seu conteúdo?
O EEAT só gera impacto real quando se transforma em prática. Isso exige um conjunto de ações estratégicas que envolvem desde a escolha do autor até a estrutura editorial, a transparência das informações e a experiência do usuário dentro do site. A seguir, você encontra um guia completo de aplicação dos quatro pilares na sua produção de conteúdo.
Torne claro quem está por trás do conteúdo
Um dos maiores erros de sites que perdem credibilidade é esconder a autoria. O Google quer saber quem está falando, qual sua formação e por que ele é confiável para abordar aquele tema. Isso significa ir além de uma simples assinatura. Autores devem ter biografias completas, com sua experiência profissional, formações relevantes, certificações, projetos em que atuaram e links para perfis profissionais.
Páginas de autor bem estruturadas, com histórico, especializações e até entrevistas ou palestras anteriores, ajudam o Google a construir uma percepção sólida de expertise. Em temas sensíveis, como saúde ou finanças, indicar também o revisor técnico do conteúdo aumenta significativamente o nível de confiança percebida.
Mostre como o conteúdo foi produzido
Transparência editorial é uma das formas mais diretas de reforçar a confiança. Conteúdos que mencionam metodologias, critérios de seleção de fontes e processos de revisão passam muito mais credibilidade do que textos que simplesmente “aparecem” no site. Quando o leitor e o algoritmo entendem que existe uma linha editorial rigorosa por trás da produção, a autoridade cresce.

Se o artigo foi revisado por um especialista, atualizado recentemente, comparado com estudos ou validado por dados, esse tipo de informação deve estar explícito. É o tipo de detalhe que diferencia conteúdo sério de material superficial.
Garanta que o conteúdo existe para atender o usuário, e não o algoritmo
Um dos pilares do Google Helpful Content é simples: o conteúdo deve ser criado para pessoas, e não para satisfazer ferramentas de busca. Para aplicar o EEAT corretamente, seu texto precisa resolver uma dúvida real, entregar clareza e trazer respostas diretas.
A experiência do leitor deve guiar todo o processo: desde o título até os subtópicos, o conteúdo deve deixar claro o que será explicado e por que aquilo é importante. Explicações prolixas, rodeios e exageros de SEO prejudicam tanto a credibilidade quanto a percepção de expertise.
Utilize fontes que reforcem especialização e rigor
Especialização só é percebida quando há consistência. Isso inclui citar pesquisas, estudos científicos, bases governamentais, publicações reconhecidas e dados verificáveis. Conteúdos que mostram “de onde veio a informação” demonstram responsabilidade editorial e respeito ao leitor.
Além disso, referenciar materiais externos reforça que você domina o ecossistema do assunto, sabe onde buscar conhecimento confiável e consegue integrar diferentes perspectivas. Isso sinaliza expertise e autoridade ao Google.
Demonstre vivência real com o que está sendo ensinado
A Experiência é uma das formas mais fortes de diferenciar seu conteúdo. Quando você compartilha processos internos, resultados reais, bastidores, experimentos, aprendizados, erros e acertos, o texto se torna impossível de ser replicado por concorrentes que apenas pesquisam. É esse tipo de conteúdo que o Google identifica como único e valioso.
Se você utiliza ferramentas, traga prints reais. Se implementa estratégias, mostre exemplos concretos. Se já passou por situações relevantes, descreva o contexto e o resultado. Quanto mais específico for o seu relato, maior será a força do conteúdo.
Construa autoridade para além do seu site
A autoridade é um reflexo externo: ela depende do reconhecimento do mercado e de outros sites confiáveis. Isso significa desenvolver uma presença consistente fora do próprio domínio. Ser citado por especialistas, participar de eventos, publicar estudos, colaborar com veículos do setor, receber backlinks naturais e contribuir para discussões relevantes são sinais de que você é uma referência no seu nicho.
Quanto mais o mercado valida sua marca, mais o Google a reconhece como fonte confiável e, consequentemente, seus conteúdos ganham força.
Desenvolva um ambiente digital que transmita confiança
O Google não avalia apenas o conteúdo, mas também o ambiente em que ele está inserido. Um site com aparência amadora, excesso de anúncios, pop-ups agressivos, ausência de páginas institucionais ou problemas de segurança tende a transmitir sensação de risco. Isso afeta diretamente o pilar Trust.
Sites confiáveis apresentam design sólido, navegação clara, política de privacidade acessível, páginas sobre a empresa, informações de contato e um ambiente rápido e seguro. Em muitos casos, a experiência do usuário é o elemento que consolida a percepção geral de credibilidade.
Boas práticas e checklist de EEAT
Fortalecer o EEAT exige consistência. Não é algo que acontece com um ajuste isolado no conteúdo, mas sim com uma postura editorial clara, constante e verificável. As boas práticas a seguir ajudam a transformar o EEAT em rotina, estruturando um padrão de qualidade que sustenta o site como um todo.
Construa um padrão editorial claro e mantenha-o vivo
Uma das formas mais eficazes de passar confiança para o Google é mostrar que seu site segue um processo editorial bem definido. Isso inclui critérios de seleção de temas, políticas de revisão, definição de responsáveis e periodicidade de atualização. Conteúdos que seguem um fluxo de criação consistente tendem a ser mais completos, mais precisos e mais alinhados ao que o usuário busca.
Se cada artigo passa por etapas organizadas de pesquisa, redação, revisão técnica, atualização periódica e validação de fontes, o EEAT deixa de ser um conceito teórico e se torna um método. É a qualidade repetida ao longo do tempo que constrói autoridade.
Aplique o rigor das fontes em todos os tipos de conteúdo
Independente do tema, todo conteúdo deve apoiar-se em informações verificáveis. Isso vale para blogs, páginas institucionais, landing pages, artigos técnicos ou guias de navegação. Quando uma informação é citada, o ideal é que o leitor consiga rastrear sua origem.
Para temas YMYL, o cuidado deve ser ainda maior: cada afirmação precisa ter uma base sólida. Já para nichos não sensíveis, o rigor continua importante, mas pode ser aplicado de forma proporcional. O que o Google quer ver é consistência: sites que tratam a precisão como regra, e não como exceção.
Mantenha o conteúdo atualizado para preservar a confiança
Informações desatualizadas são um dos maiores indicadores de baixo EEAT. Mesmo que o conteúdo tenha sido excelente no momento da publicação, ele perde valor rapidamente quando temas, tecnologias, recomendações ou regulamentações evoluem.
Ao revisar e atualizar um conteúdo, deixe isso claro. Indique a data da última atualização, destaque as mudanças mais importantes e, quando fizer sentido, explique o motivo da revisão. Isso demonstra responsabilidade e reforça que o conteúdo está vivo — algo que o Google valoriza bastante.
Demonstre expertise com profundidade, não com jargões
Um erro comum para tentar parecer especializado é usar excesso de termos técnicos sem necessidade. Isso pode afastar o usuário e até prejudicar a clareza do texto, criando uma impressão de artificialidade.
A verdadeira expertise aparece quando você consegue explicar conceitos complexos de forma simples, contextualizada e objetiva — sem perder rigor. Quando o leitor sente que entende o assunto e que aprendeu algo, automaticamente reconhece o conteúdo como confiável e bem fundamentado.
Faça da experiência uma marca registrada
O primeiro “E” de Experience é o que diferencia o seu conteúdo de qualquer outro. Sempre que possível, traga elementos práticos: histórias, bastidores, opiniões formadas a partir da vivência, demonstrações reais e análises próprias. Esse tipo de informação não apenas fortalece o EEAT, mas também melhora drasticamente a percepção de valor do artigo.
Para o leitor, isso significa sentir que está aprendendo com alguém que já esteve no lugar dele, e não com um texto genérico escrito a partir de pesquisas.
Checklist estratégico de EEAT para aplicar no dia a dia
Um bom checklist funciona como uma auditoria rápida para garantir que um conteúdo está alinhado com os pilares do EEAT. Em vez de listar itens soltos, aqui está uma versão estruturada para ser aplicada como parte do fluxo editorial:
- O autor é claramente identificado?
A biografia está visível, atualizada e faz sentido para o tema abordado?
- O conteúdo demonstra vivência real?
Há exemplos, experiências, histórias, processos, resultados ou análises próprias?
- As informações são verificáveis?
Fontes foram citadas? Estudos, relatórios ou dados foram incluídos? Há precisão?
- O texto é realmente útil para o usuário?
Ele responde à intenção de busca? Resolve dúvidas? Traz clareza e objetividade?
- A página transmite segurança?
O site tem HTTPS, páginas institucionais claras, ausência de anúncios intrusivos e boa navegabilidade?
- O conteúdo está atualizado?
Há registro da última revisão? As informações refletem o cenário atual?
- A marca é reconhecida em seu nicho?
Existem menções externas, backlinks, colaborações ou sinais de autoridade fora do site?
Quando um conteúdo atende a esses sete pontos, ele tende a ser percebido como confiável, útil e qualificado, o que é exatamente o que o Google busca priorizar.
EEAT em tempos de inteligência artificial
A inteligência artificial generativa mudou a forma como a gente cria conteúdo de maneira profunda e tem gente que até mesmo se pergunta se a IA acabou com as estratégias de SEO (e a resposta para isso é um categórico não).
Hoje, qualquer pessoa consegue gerar textos “bem escritos” com apenas alguns cliques. Isso aumentou a quantidade de informação disponível, mas também trouxe o risco de textos superficiais, imprecisos e todos com o mesmo padrão. E é nesse contexto que o EEAT se torna ainda mais importante. Ele é o filtro que o Google usa para separar o conteúdo realmente confiável daquele que só está bem formulado.

Com as ferramentas de IA, é possível produzir artigos, análises, reviews e até conteúdos técnicos em minutos. E foi aí que surgiu uma verdadeira avalanche de material com uma estrutura certa, linguagem correta e até otimização para SEO. Só que, apesar disso, muitos desses textos não trazem experiência real, não mostram especialização, não têm uma autoridade por trás e, principalmente, não oferecem elementos de confiança verificáveis.
O Google está de olho na criação de conteúdo com IA, por isso, nos últimos anos, tem dado cada vez mais importância ao EEAT nas suas diretrizes. Em um cenário onde qualquer um pode criar conteúdo, quem se destaca é quem realmente tem vivência, profundidade e credibilidade para oferecer. Entenda os principais pontos relacionados a isso:
IA não é proibida, ela exige responsabilidade
O Google não penaliza conteúdo criado com IA. O que ele penaliza é conteúdo ruim, raso, duplicado, sem propósito ou que tenta manipular o algoritmo. Isso significa que a IA pode, sim, ser uma aliada, desde que usada de forma estratégica:
- para acelerar pesquisas, não substituir pensamento crítico;
- para estruturar ideias, não para gerar textos genéricos;
- para complementar a produção, não para eliminar a participação do autor;
- para ampliar a produtividade, não para reduzir a profundidade.
Conteúdo valioso continua exigindo interpretação humana, vivência prática e conhecimento especializado, elementos que nenhuma IA consegue reproduzir por completo.
Experiência humana como diferencial competitivo
Em tempos de IA, a experiência humana se torna ainda mais valiosa. Histórias reais, aprendizados, erros, processos internos, metodologias proprietárias e bastidores de projetos são informações que nenhuma ferramenta consegue inventar com precisão e o Google reconhece isso como sinal legítimo de qualidade.
Quando um autor mostra como aprendeu algo, por que chegou a determinada conclusão e o que mudou em sua prática ao longo do tempo, aquele conteúdo automaticamente ganha autenticidade. É exatamente esse tipo de profundidade que diferencia textos “de IA” de textos de verdade.
Autoridade e reputação como pilares contra a padronização
Com a proliferação de conteúdo automatizado, a construção de autoridade se tornou ainda mais estratégica. Marcas que investem em presença pública, que são citadas por outros sites, que participam de eventos e que cultivam reputação sólida tendem a se destacar de forma consistente, mesmo em nichos muito competitivos.
A IA pode produzir conteúdo, mas não pode construir reputação. E é essa reputação que o Google usa como critério para decidir quem aparece no topo dos resultados.
Transparência editorial: um novo requisito de confiança
Outra consequência da era da IA é a necessidade crescente de transparência. Deixar claro como o conteúdo foi criado, quem revisou, quais fontes embasaram o texto e quando ele foi atualizado se torna essencial para manter a confiança do leitor e do Google.
Alguns sites já começam a incluir avisos como:
- “Conteúdo revisado por especialista”;
- “Atualizado em XX/XX/XXXX com base em novas diretrizes”;
- “Produzido com apoio de ferramentas de IA e revisado manualmente por [Autor].”
Essa abertura editorial, longe de enfraquecer a marca, reforça o compromisso com qualidade.
O futuro do SEO será multiplicado pela IA, mas qualificado pelo EEAT
A IA certamente continuará evoluindo e influenciando a produção de conteúdo, mas o EEAT será o elemento que separa conteúdo útil de ruído digital. Quanto mais fácil for gerar textos, maior será o valor da autenticidade.
Em resumo:
- IA traz escala;
- EEAT traz confiabilidade;
- a combinação dos dois define o futuro do marketing de conteúdo.
Leia também: Conteúdo para SEO no ChatGPT: como utilizar a IA em estratégias de marketing digital
Como medir e monitorar o EEAT no seu site?
Ao contrário de métricas tradicionais de SEO, como impressões, CTR ou velocidade, o EEAT não possui um indicador numérico direto fornecido pelo Google. Ele é construído a partir de sinais qualitativos e percepções consolidadas ao longo do tempo. Ainda assim, é totalmente possível medir, acompanhar e fortalecer esses critérios com clareza. Tudo começa com uma avaliação sistemática e periódica dos quatro pilares: experiência, especialização, autoridade e confiança.
1. Avaliação da experiência: o conteúdo reflete vivência real?
A experiência é o pilar mais subjetivo para medir, mas existem sinais claros de que ela está presente ou ausente. Avalie se o conteúdo utiliza elementos que só podem ser produzidos por alguém com prática real no assunto.
Sinais positivos:
- presença de relatos próprios, estudos de caso e aprendizados reais;
- demonstrações práticas, capturas de tela, exemplos implementados internamente;
- detalhamento de processos vivenciados, não apenas teorias;
- originalidade do conteúdo (algo que não parece copiado ou genérico).
Sinais negativos:
- conteúdo genérico que poderia ser aplicado a qualquer site;
- ausência total de exemplos ou vivências;
- repetição de informações encontradas em outras páginas sem interpretação própria.
Uma boa maneira de medir isso é perguntar: Se alguém copiasse esse conteúdo, perderia valor? Ou tudo nele poderia ser facilmente substituído? Quanto mais insubstituível ele for, mais alta é a experiência.
2. Avaliação da especialização: quem produz realmente entende do tema?
A especialização pode ser monitorada observando se os autores têm perfil adequado e se o conteúdo demonstra domínio técnico consistente.
O que medir:
- a biografia do autor está completa e atualizada?
- o autor possui formação ou vivência profissional relacionada ao assunto?
- há revisor técnico quando necessário?
- o conteúdo usa conceitos, métodos e terminologias corretas?
- as fontes são avaliadas e escolhidas com critério?
Você pode criar uma matriz interna simples, avaliando cada artigo em níveis:
Básico → Intermediário → Avançado → Especializado.
Quanto mais avançado for o nível, mais forte tende a ser o sinal de expertise para o Google.
3. Avaliação da autoridade: o mercado reconhece seu site como referência?
A autoridade é o pilar mais externo porque depende do reconhecimento do ambiente digital, e não apenas do que ocorre dentro do site. Para monitorar isso, é importante acompanhar indicadores de reputação.
Métricas e sinais a observar:
- crescimento do domínio em backlinks de qualidade;
- menções positivas em sites relevantes do setor;
- aumento de citações orgânicas de marca;
- presença em eventos, podcasts, estudos e colaborações;
- engajamento legítimo em redes profissionais, como LinkedIn;
- crescimento do tráfego direto (usuários que digitam seu domínio).
Não se trata apenas de volume, mas principalmente de qualidade. Um único backlink de um veículo confiável vale mais do que dezenas de links aleatórios.
4. Avaliação da confiança: a página transmite segurança e credibilidade?
Confiança é o pilar mais crítico e, segundo o Google, o mais importante. Para monitorá-la, é necessário observar aspectos técnicos, editoriais e de transparência.
Como avaliar:
- o site usa HTTPS?
- as páginas institucionais são completas e facilmente localizáveis?
- existe clareza sobre quem está por trás da empresa?
- políticas de privacidade, termos de uso e informações legais estão acessíveis?
- há dados de contato verificados?
- o conteúdo informa suas fontes com transparência?
- existe indicação de quando a página foi revisada e atualizada?
Além disso, você pode criar auditorias internas trimestrais para avaliar sinais de confiança em todas as páginas estratégicas do site.
5. Auditoria de EEAT: transforme o conceito em rotina
A melhor forma de medir EEAT é com um processo periódico e sistemático, uma auditoria que avalia os principais conteúdos da marca. Essa auditoria pode incluir:
- revisão das páginas com maior tráfego orgânico;
- avaliação dos artigos YMYL (quando aplicável);
- análise das páginas de autor e credenciais;
- diagnóstico de lacunas de experiência, especialização ou autoridade;
- análise dos backlinks adquiridos no período;
- verificação de atualizações necessárias.
Trimestralmente, a equipe pode escolher 10 a 20 páginas essenciais e revisá-las com base nos quatro pilares.
6. Ferramentas que ajudam a monitorar sinais de EEAT
Embora nenhuma ferramenta ofereça um “score de EEAT”, várias ajudam a observar sinais que compõem o conceito:
- Google Search Console: variações estranhas de tráfego podem indicar perda de confiança ou atualizações sensíveis de algoritmo.
- Google Analytics: aumento de páginas de saída, tempo reduzido de leitura ou taxa de rejeição alta podem sinalizar falta de clareza e utilidade.
- Ahrefs, SEMrush ou Moz: mostram backlinks, menções e evolução da autoridade do domínio.
- Ferramentas de reputação online: monitoram avaliações e citações públicas.
- Wayback Machine/Histórico de atualizações: ajudam a verificar se o conteúdo tem sido mantido.
A junção desses dados aponta tendências claras sobre o impacto do EEAT ao longo do tempo.
7. O ciclo contínuo: medir, ajustar e reforçar
EEAT não é um esforço pontual: ele exige acompanhamento e ajustes constantes. Os sites que se destacam nos rankings são justamente aqueles que tratam confiança e credibilidade como estratégia, não como item de checklist.
O ciclo ideal é:
- Avaliar (auditoria)
- Diagnosticar (o que falta, o que enfraquece o sinal)
- Ajustar (melhorias editoriais, técnicas e estruturais)
- Reforçar (autoridade, experiência e reputação)
- Monitorar (efeitos ao longo do tempo)
Assim, o EEAT deixa de ser um conceito abstrato e passa a ser um dos motores mais importantes da estratégia de SEO
Ao longo deste guia, ficou claro que o EEAT não é só um conceito técnico, mas a base da confiança digital. Em um cenário saturado de informações e com produção acelerada por IA, mostrar experiência, especialização, autoridade e confiança deixou de ser um diferencial, agora é um requisito para qualquer site que realmente queira competir nas primeiras posições do Google.
Mas não se engane: o EEAT não vai resolver tudo sozinho. Ele faz parte de um conjunto muito maior: SEO técnico, arquitetura da informação, performance, experiência do usuário, estrutura editorial, estratégia de conteúdo, otimização on-page, link building, reputação digital e uma porção de outros fatores que influenciam diretamente o ranqueamento. Portanto, construir um site com um forte EEAT não é só sobre escrever bons artigos. É sobre integrar visão, método e execução com profundidade.
E aqui está a grande sacada: isso deve ser feito por quem realmente entende do assunto. Garantir um posicionamento sólido e sustentável no Google exige uma estratégia bem definida, acompanhamento constante e domínio das boas práticas, que mudam a cada atualização do algoritmo.
A Agência Mestre é referência nacional em SEO há mais de 15 anos e tem ajudado empresas de todos os tamanhos a construir autoridade, aumentar tráfego orgânico e transformar conteúdo em resultados reais. Se você quer fortalecer o EEAT do seu site, elevar a qualidade do seu conteúdo e conquistar posições cada vez melhores no Google, a gente está pronto para te ajudar.
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