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Meta Lança Novo Modelo de Assinatura para Remover Anúncios na UE

Por Raquel Pereira

Com as mudanças na Lei de Serviços Digitais da UE, a Meta pode estar desenvolvendo um novo modelo de assinaturas. Confira!

Raquel Pereira

Esse novo modelo de assinaturas seria uma “versão pro” do Facebook e Instagram, no qual os usuários poderiam evitar anúncios e uso de dados pessoais para segmentação de publicidade. Confira os detalhes:

Assinatura “Sem Anúncios” da Meta Restringe a Veiculação de Anúncios

Segundo a nova documentação da Meta sobre a Assinatura para remoção de anúncios, os usuários que optarem por pagar para não receber publicidade nas redes sociais da Meta (Instagram e Facebook), também estarão restritos de veicular anúncios em seus perfis ou contas empresariais associadas.

Conforme destacado pelo especialista em anúncios da Meta, Jon Loomer, isso está explicitado pela Meta na documentação oficial:

“Se você se inscrever, o seguinte não estará mais disponível para você porque exigiria o uso de suas informações para anúncios:

  • Veicular anúncios e impulsionar postagens para uma conta do Instagram;
  • Veicular anúncios e impulsionar postagens para seu perfil do Facebook (por exemplo, impulsionar suas próprias listagens no Marketplace);
  • Exibição de anúncios para uma página do Facebook, se a página estiver vinculada a uma conta do Instagram que tenha uma assinatura para usar Meta Products sem anúncios;
  • Participar de anúncios de parceria no Instagram ou Facebook;
  • Monetizando com anúncios em Momentos e anúncios in-stream.”

A Meta esclarece que os usuários ainda poderão veicular anúncios caso gerenciem uma uma página vinculada do Facebook, desde que não tenha uma conta do Instagram com a assinatura sem anúncios que esteja vinculada à uma das contas no Facebook (empresarial ou pessoal).

Por que a Meta está restringindo a veiculação de anúncios de contas que optam pela assinatura?

Segundo a Meta, as opções de veiculação de anúncios também exigem certo “nível de uso de dados pessoais” e, portanto, não estarão disponíveis para usuários que optarem pela assinatura. 

Além disso, desde o princípio, o objetivo da assinatura sem anúncios era proteger a identidade e oferecer uma experiência personalizada aos usuários que “se incomodam” ou não querem compartilhar seus dados.

Ou seja, em sua maioria, usuários que não se relacionam comercialmente nas redes sociais e, portanto, não têm interesse em receber ou veicular anúncios.

Meta observa que as pessoas que se inscreveram no programa ainda podem exibir alguns tipos de anúncios:

“Se você se inscrever, ainda poderá impulsionar postagens ou veicular anúncios para uma página, se essa página do Facebook não estiver vinculada a uma conta do Instagram que tenha uma assinatura para usar Meta Products sem anúncios.”

Por fim, a Meta também oferece as assinaturas sem anúncios como uma opção para continuar atuando na UE e demais regiões que – eventualmente – possam vir a ter regulamentações mais limitadoras sobre as redes sociais, por isso, tomar medidas que “diminuam” a adesão dessas alternativas ajuda a Meta e os gestores de tráfego a manterem suas fontes de receita.

Nova Assinatura para Remover Anúncios na UE acaba de ser lançada pela Meta

A partir de hoje (31), os usuários da União Europeia (UE), Espaço Económico Europeu (EEE) e Suíça poderão optar por uma assinatura paga de até 12,99 euros por mês para personalizar sua experiência nas redes sociais da Meta e remover completamente a publicidade nos canais.

Segundo a Meta, os usuários do Instagram ou Facebook que optarem por pagar essa nova assinatura não terão as suas informações utilizadas para publicidade. Ou seja, além de remover totalmente a publicidade de seus feeds, esses perfis não poderão ser utilizados para segmentações, personalizações de campanhas, etc.

Quanto vai custar a assinatura da Meta para remover anúncios na UE?

Conforme comunicado pela Meta, as assinaturas custarão entre 9,99 e 12,99 euros, considerando os valores para assinatura na web e nos dispositivos móveis (iOS e Android), respectivamente.

Por enquanto, a big tech afirma que uma única assinatura poderá ser aplicada a todas as contas vinculadas do Facebook e Instagram na Central de Contas de cada usuário, o que significa que os usuários só precisarão pagar por uma assinatura para cobrir todas as suas contas.

No entanto, para o próximo ano, a big tech já planeja uma cobrança adicional por conta. Conforme compartilhado, a partir de março de 2024, será aplicada uma taxa adicional de 6 euros por mês na Web e de 8 euros por mês no iOS e Android para cada conta adicional listada no Centro de Contas de um usuário.

O que os gestores de tráfego devem esperar dessa mudança?

O verdadeiro impacto dessa novidade só poderá ser medido conforme os usuários europeus começarem a aderir à assinatura. Conforme compartilhado pela Meta, os demais usuários que não optarem pela experiência personalizada continuarão a receber anúncios normalmente:

“Os anunciantes poderão continuar a realizar campanhas publicitárias personalizadas na Europa para alcançar aqueles que optarem por continuar a receber um serviço online gratuito e suportado por anúncios.”

A big tech reforça que os anúncios são uma forma das pequenas empresas alcançarem uma nova parcela de clientes e acredita em uma internet em que as pessoas têm acesso a novas experiências. Por isso, continuará a investir em ferramentas que possam tornar esse ambiente agradável para ambos.

Nova Assinatura da Meta para Restringir Anúncios na UE

Conforme publicado pelo jornal The New York Times, as restrições impostas pelas regulamentações da União Europeia podem levar a Meta a introduzir um novo modelo de assinaturas para os cidadãos europeus.

A nova assinatura, que seria diferente do Meta Verified, é uma forma da big tech oferecer aos usuários da região uma opção mais alinhada aos requisitos de privacidade e às regulamentações atuais da União Europeia. Conforme publicado pelo NYT:

“Quem paga por assinaturas do Facebook e Instagram não verá anúncios nos aplicativos, [disseram as pessoas, que falaram sob condição de anonimato porque os planos são confidenciais]. Isso pode ajudar a Meta a afastar as preocupações com a privacidade e outros escrutínios dos reguladores da UE, dando aos utilizadores uma alternativa aos serviços baseados em anúncios da empresa, que dependem da análise dos dados das pessoas, disseram as pessoas.”

Conforme apresentado na proposta relatada em anonimato, os aplicativos e o uso das redes sociais continuariam gratuitos para todos, mas os usuários europeus que estivessem interessados em eliminar os anúncios e delimitar melhor seu compartilhamento de dados com a big tech, poderiam optar por essa versão “pro” dos aplicativos.

Por que a mudança seria apenas para a União Europeia?

Assim como o ChatGPT foi bloqueado na Itália e precisou estabelecer políticas mais claras sobre o uso de dados, a Meta e outras big techs do setor estão “correndo” para adicionar recursos e informações sobre o uso de dados em suas plataformas devido aos avanços da Lei dos Serviços Digitais (DSA), da UE.

Essa lei, que entrará em vigor em todos os países da União Europeia, visa estabelecer controles mais rígidos sobre a privacidade dos usuários e como as empresas estão utilizando seus dados pessoais.

Ela permite que os usuários cancelem feed personalizados por algoritmos e oferece mais controles sobre quais dados podem ou não ser utilizados para segmentação de anúncios e outras atividades.

Esse novo formato de assinaturas pode chegar a demais regiões?

Até o momento, a concentração da Meta está nos países da UE, pois estes estão mais próximos de uma legislação que exige tais recursos e, como o Meta Verified foi bem aceito pelos usuários, essa parece uma boa oportunidade para a empresa.

Em 2018, durante as investigações sobre o caso Cambridge Analytica e o Facebook (nome da Meta na época), Mark Zuckerberg, foi questionado sobre a possibilidade de uma versão paga do aplicativo que pudesse “impedir” e “evitar” preocupações com uso de dados pessoais dos usuários, ao que o CEO respondeu:

“Sempre haverá uma versão do Facebook que é gratuita.”

Isso sugere que a empresa sempre teve uma “porta aberta” para a opção de outras versões do aplicativo. Por enquanto, ainda não houve um pronunciamento da Meta sobre o assunto, mas isso pode acontecer em breve.

Como a nova assinatura da Meta pode afetar os anunciantes?

Dependendo da adoção dos usuários, essa novidade pode impactar o desempenho e a visibilidade de muitas marcas ao redor do mundo. Embora esteja iniciando na Europa, recursos como este podem ser expandidos para as demais regiões e – eventualmente – desequilibrar a estratégia dos anunciantes.

Os líderes de marketing digital vem se preocupando cada vez mais com os impactos das mudanças de privacidade online e 82% deles estão se preparando ativamente para esse novo cenário.

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